O excesso de telas na infância pode ter impactos a longo prazo, aumentando o risco de desenvolver síndrome metabólica — um conjunto de condições que aumentam o risco de doença cardíaca, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e diabetes — na vida adulta. O alerta é de um estudo feito por cientistas neozelandeses que acaba de ser
publicado no periódico científico Pediatrics.
Os pesquisadores concluíram que quanto maior o número de horas diante da TV na juventude – independentemente do tempo que costumavam ver televisão na idade adulta - maior o risco de desenvolver síndrome metabólica, avaliada a partir de alterações na pressão arterial, glicemia, altas taxas de triglicérides, colesterol e excesso de circunferência abdominal.
Os comportamentos sedentários estão associados à obesidade e ao condicionamento físico ruim, mas, segundo os autores, faltavam estudos de seguimento por um longo período. Para suprir essa lacuna, eles acompanharam um grupo de quase mil voluntários nascidos entre 1972 e 1973 até completarem 45 anos.
Durante uma década, dos cinco aos 15 anos, eles e seus pais responderam periodicamente a questionários sobre a quantidade de horas que assistiam TV por dia, o tempo dedicado à prática de atividade física, o status socioeconômico, entre outras informações. Posteriormente, repetiram a enquete aos 32 anos de idade.
Os que assistiam mais de três horas diárias eram mais propensos a ter a síndrome. Essa diferença persistiu mesmo após ajustar dados sobre atividade física.
O Povo
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