De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mulheres que enfrentam violência doméstica têm o dobro da probabilidade de desenvolver depressão e quase duas vezes e meia mais chances de sofrer de transtornos de ansiedade em comparação com aquelas que não são vítimas de violência. A OMS também aponta que mulheres que sofreram violência sexual e física têm um risco significativamente maior de desenvolver transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), além de uma probabilidade elevada de considerar ou tentar o suicídio.
Os dados mais recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que todos os tipos de crimes contra mulheres aumentaram em 2023 em comparação a 2022. O número de mulheres agredidas subiu 9,8%, alcançando 258.941 casos. As ameaças aumentaram 16,5%, chegando a 778.921 registros, enquanto os casos de violência psicológica subiram 33,8%, somando 38.507 ocorrências.
Diante desse cenário, a deputada estadual e presidente nacional da Comissão da Mulher da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), Camila Toscano (PSDB) reforçou a necessidade de uma maior articulação entre os serviços de saúde e os órgãos de proteção às mulheres. "É importante reconhecer a violência contra a mulher como um problema de saúde pública que afeta não apenas o corpo, mas também a mente. Precisamos de políticas públicas que ofereçam um suporte psicológico adequado às vítimas, indo além do atendimento emergencial", defendeu Camila.
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