O papado do papa Francisco ficou marcado pela autorização do início do processo de beatificação do Padre Cícero Romão Batista, em 2022. O ato representou um novo passo na relação entre a Igreja Católica e a figura do sacerdote cearense.
A autorização dada por Francisco permitiu a abertura da fase diocesana do processo, responsável por reunir testemunhos, documentos e estudos sobre a vida e a obra do Padre Cícero. A decisão foi tomada sete anos após o reconhecimento oficial da reconciliação do sacerdote com a Igreja, anunciado em 2015, também durante o pontificado de Francisco.
O processo de beatificação passou a ser conduzido pela Diocese de Crato, com acompanhamento do Dicastério para as Causas dos Santos. O próximo passo é a realização da fase romana. Durante esse período, o material enviado à Roma é analisado por estudiosos da área.
Padre Cícero morreu em 1934, sob suspensão de ordens, após anos de conflitos com autoridades eclesiásticas. Sua atuação em Juazeiro do Norte e sua influência na vida religiosa e social da região do Cariri mantiveram viva a devoção popular, mesmo após sua morte. A autorização da beatificação foi considerada um marco no reconhecimento dessa trajetória por parte da Igreja.
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