Presidente Donald Trump, dos EUA, impõe tarifa de 10% sobre produtos importados do Brasil



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) a implementação de uma tarifa de 10% sobre todas as importações provenientes do Brasil. A medida faz parte de um novo decreto que estabelece tarifas recíprocas para parceiros comerciais do país.

Segundo Trump, a nova política tarifária prevê que as tarifas recíprocas sejam, no mínimo, metade da alíquota que os outros países impõem sobre produtos norte-americanos. A tarifa mínima será de 10%, enquanto taxas mais elevadas serão aplicadas a nações com maiores déficits comerciais com os EUA, a partir do dia 9 de abril.

Impactos no Brasil

Para os produtos brasileiros, a tarifa geral será de 10%, enquanto setores específicos, como o de aço e alumínio, continuarão sujeitos à taxa de 25%, já anteriormente definida.

“A partir de amanhã, os EUA implementarão tarifas recíprocas sobre outras nações. Vamos calcular a taxa combinada de todas as suas tarifas, barreiras não monetárias e outras formas de trapaça, cobrando aproximadamente metade do que eles têm cobrado de nós”, declarou Trump durante o anúncio.

Justificativa e repercussão

O presidente norte-americano defendeu a medida como essencial para proteger a economia dos EUA e impulsionar o crescimento industrial do país. “As nações estrangeiras finalmente serão convidadas a pagar pelo privilégio de acessar nosso mercado, o maior do mundo”, afirmou.

Trump também afirmou que as novas tarifas incentivam a transferência de produção para os Estados Unidos. “Se os países não quiserem ser taxados, devem transferir suas fábricas para os EUA”, disse.

A decisão gerou preocupação entre economistas e autoridades internacionais. No Brasil, o Senado aprovou, em regime de urgência, um projeto que autoriza o governo a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais aos produtos brasileiros. A iniciativa contou com amplo apoio do Congresso e do Executivo.

Contexto e impactos globais

A nova política tarifária faz parte do que Trump chamou de “Declaração de Independência Econômica” dos Estados Unidos. “Este é um dos dias mais importantes da história americana”, afirmou.

Nos últimos dias, o presidente norte-americano indicou que as tarifas poderiam ser ajustadas conforme negociações individuais com cada país. Entre outras medidas já em vigor, está a imposição de uma tarifa de 25% sobre carros importados e outras taxas para exportações que não se enquadrem no acordo comercial USMCA.

O mercado financeiro global tem reagido com instabilidade às incertezas sobre o impacto das novas tarifas. Diversos países já sinalizaram que poderão adotar contramedidas contra as tarifas impostas pelos EUA.

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