O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou qualquer possibilidade de adiamento e confirmou que o novo pacote de tarifas de importação, conhecido como “tarifaço”, entra em vigor já no próximo dia 1º de agosto. A medida afeta diretamente o Brasil e outros parceiros comerciais dos EUA, gerando apreensão em Brasília e movimentando o setor produtivo brasileiro.
“A data é para todo mundo”, cravou Trump neste sábado (27), durante visita à Escócia, onde se reuniu com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Apesar do esforço diplomático do governo brasileiro, o republicano deixou claro que não haverá exceções — nem prorrogação de prazo.
O anúncio foi reforçado pelo secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em entrevista à Fox News. “Não haverá prorrogações nem mais períodos de carência. Em 1º de agosto, as tarifas serão fixadas. Entrarão em vigor. As alfândegas começarão a arrecadar o dinheiro, e pronto”, afirmou. A fala foi replicada pelo perfil oficial da Casa Branca.
Negociação brasileira emperra
Enquanto o relógio corre contra o Brasil, o governo Lula tenta, sem sucesso, estabelecer um canal de diálogo com Washington. O presidente tem repetido que o Brasil busca uma alternativa à tarifa de 50% imposta por Trump, mas até agora não houve resposta.
Segundo Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin — também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — “liga todos os dias” para negociar, mas não consegue retorno. No dia 19 de julho, Alckmin conversou diretamente com Howard Lutnick e levou pedidos do setor empresarial por adiamento ou redução das tarifas. Nenhuma das propostas teve respos
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