(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai pedir votos para o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado por ele para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento de bastidores ocorrerá às vésperas da sabatina no Senado, marcada para o próximo dia 13. Embora o Palácio do Planalto avalie que o ministro terá o nome aprovado, Lula não quer dar “sopa para o azar”, como costuma dizer, e tentará atrair os indecisos, um contingente que hoje alcança quase 20 senadores.
Dino enfrenta a resistência de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem travou ruidosos embates desde a invasão das sedes do Planalto, do Congresso e do Supremo, em 8 de janeiro. A oposição quer revanche e promete ser agora mais dura do que em junho, quando Cristiano Zanin – o primeiro escolhido por Lula para o STF – teve o nome aprovado em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
A votação é secreta, abrindo caminho para traições. Mesmo assim, pelas contas do governo, Dino receberá no mínimo 50 votos. Para ter a nomeação avalizada, ele precisa do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores.
A aliados, o presidente disse que vai telefonar para os parlamentares a fim de garantir a aprovação de Dino, que é senador licenciado, com o máximo de votos. Lula foi aconselhado a nomear o sucessor do ministro da Justiça antes da sabatina no Senado, mas até agora não deu sinal de que fará isso.
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