Alguns recursos comuns nos smartphones podem sumir à medida que a tecnologia avança. Um exemplo são as portas de carregamento, que devem desaparecer em breve e dar espaço a carregadores por indução, os quais funcionam sem fio. O movimento é semelhante ao que aconteceu com a entrada P2 para fones de ouvido com fio, que desapareceu dos celulares devido à popularização dos fones Bluetooth. Os slots para cartão SIM físico também podem deixar de existir conforme o avanço da tecnologia eSIM, de chips virtuais. Pensando nisso, o TechTudo listou cinco recursos que podem se tornar obsoletos e ser substituídos nos próximos anos. Veja a seguir.
1. Recorte da câmera frontal
O design dos smartphones mudou significativamente nos últimos anos. Com o desejo crescente de grande parte dos consumidores por modelos com telas grandes, qualquer componente que atrapalhe a visualização plena do display tende a sumir com o passar dos anos. Este é o caso da câmera frontal, que vem ocupando um espaço cada vez menor nas telas de modelos mais recentes.
Em breve o recorte da câmera de selfies deve desaparecer por completo. A tendência é que os próximos modelos tragam câmera sob o display, como no caso do Galaxy Z Fold 5. O sensor do dobrável da Samsung ainda está longe de ser satisfatório, mas espera-se que a tecnologia evolua com o passar do tempo e traga melhor qualidade.
2. Porta de carregamento com fio
A porta de carregamento sem fio pode aparecer com menos frequência ou até ser extinta no futuro. Espera-se que o mesmo movimento que ocorreu com a entrada P2 para fones de ouvido, hoje ausente na maioria dos celulares devido à popularização de modelos via Bluetooth, ocorra com a porta de carregamento. Neste caso, o responsável seria o carregamento sem fio (ou por indução) para smartphones, que inutiliza o fio. A alternativa também é mais prática, já que grande parte dos carregadores pode carregar dois celulares simultaneamente.
3. Botões físicos
Os botões físicos estão entre as características comuns em celulares atuais que devem desaparecer em breve. Assim como os botões de menu e o recorte da câmera frontal, a saída de todos os botões deve trazer benefícios ao design dos modelos, como o aumento da área de display. Os botões de volume e de ligar/desligar são necessários em situações emergenciais, como forçar a reinicialização do celular em caso de congelamento e restaurar o smartphone.
No entanto, alguns recursos recentes tornam a tela mais confiável, sem permitir toques acidentais que aumentam o volume ou reiniciam o smartphone, por exemplo. Há ainda a possibilidade de usar painéis sensíveis à pressão. Existem protótipos de celulares com design sem botão, então há uma boa chance de que a tecnologia se torne boa o suficiente para equipar smartphones convencionais dentro de alguns anos.
4. Slots para cartão SIM
Os slots para cartão SIM também podem desaparecer dos smartphones em alguns anos. Mesmo que eles estejam presentes em praticamente todos os celulares que chegam às lojas, já existem cartões digitais que, há um bom tempo, desempenham a mesma função. Diferente do SIM tradicional, que exige comprar um chip diferente para cada linha telefônica e inseri-lo manualmente no smartphone, no eSIM o processo é muito mais fácil.
Isso porque celulares compatíveis com eSIM vêm com a tecnologia integrada à placa mãe. Dessa forma, se um usuário quiser ter uma nova linha telefônica, ele só precisará integrá-la de forma virtual, escaneando um QR Code. Além de fornecer maior praticidade, o método elimina o risco de o chip sofrer danos físicos ou ser perdido.
5. Aplicativos
É difícil imaginar smartphones sem aplicativos, mas eles também podem estar ameaçados de extinção no futuro. Embora hoje seja necessário ter um app para executar funções como jogar, fazer pagamentos bancários, comprar no e-commerce, editar vídeos, entre outras, a empresa alemã Deutsche Telekom quer mudar isso. Em parceria com a chinesa Qualcomm, ela está desenvolvendo um celular sem nenhum aplicativo e que usa apenas Anteligência Artificial (IA).
O modelo, nomeado como T Phone, deve funcionar inteiramente a partir de comandos de voz feitos à IA. Por enquanto, o celular é apenas um protótipo e não há previsão de disponibilização para o público geral. A Deutsche Telekom ainda não explicou como vai se livrar dos softwares de terceiros.
Fonte: TechTudo
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