
bacharel em Direito José Itamar de Lima Montenegro Júnior foi condenado, pela segunda vez, a 17 anos de prisão em regime fechadopelo assassinato da também bacharel em Direito Érika Vanessa de Souza Lira, de 32 anos, ocorrido em 2014. A decisão unânime do 2º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa foi proferida na quinta-feira (27), após novo julgamento.
O feminicídio aconteceu no dia 24 de abril de 2014, no apartamento 201 do Edifício Residencial Hebron, no Bairro do Bessa, em João Pessoa. A vítima, natural de Cajazeiras, foi atingida por um disparo no rosto dentro de sua residência. O projétil entrou pela região do nariz e se alojou na nuca. Socorrida ainda consciente, Érika Vanessa faleceu no Hospital de Emergência e Trauma em 5 de maio, deixando uma filha, Ashlley Kessy.
Em 2018, Montenegro Júnior já havia sido condenado à mesma pena após um julgamento que durou 16 horas, presidido pela juíza Francilucy Rejane Sousa Mota. No entanto, a defesa conseguiu anular a decisão, o que gerou revolta entre movimentos de defesa dos direitos das mulheres.
O novo julgamento contou com a presença de diversas entidades, incluindo:Associação dos Docentes Universitários de Cajazeiras (ADUC)
Centro de Defesa das Mulheres Márcia Barbosa
Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres de Cajazeiras
Marcha Mundial das Mulheres (MMM) – Paraíba
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Cajazeiras
Representantes destacaram a importância da condenação como um marco na luta contra a violência de gênero.
Prisão e investigação
Montenegro Júnior foi preso em 29 de abril de 2014 após se apresentar à Delegacia de Homicídios acompanhado de advogados. A Polícia Civil confirmou que o crime foi cometido com recurso que impediu a defesa da vítima, caracterizando feminicídio.
A sentença mantém a pena anterior, mas desta vez sem possibilidade de recursos que suspendam a prisão. O caso segue como um dos mais emblemáticos da violência contra mulheres na Paraíba.
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