Aprovação de Lula cresce e reduz diferença para desaprovação, aponta Quaest - Foto: André Borges / EFEA pesquisa Quaest divulgada nesta terça-feira (16) aponta que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em empate técnico entre aprovação e desaprovação. De acordo com o levantamento, 48% dos eleitores aprovam a gestão, enquanto 49% desaprovam. Outros 3% não souberam ou não responderam.
O cenário é praticamente o mesmo registrado em novembro, quando 47% aprovavam e 50% desaprovavam o governo. A diferença entre os dois indicadores, que já foi de até 17 pontos em maio deste ano, agora é de apenas um ponto percentual, dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos para mais ou para menos. A Quaest ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 11 e 14 de dezembro, em todo o país. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e tem nível de confiança de 95%.
Na avaliação qualitativa da gestão Lula 3, os números também indicam melhora. 38% consideram o governo negativo, enquanto 34% avaliam como positivo e 25% classificam como regular. Outros 3% não responderam. A diferença entre avaliação negativa e positiva caiu para quatro pontos, bem abaixo do pico registrado em maio.
Entre as áreas mais bem avaliadas pelos entrevistados estão:
Apoio à cultura e às artes (46%);
Geração de empregos (40%);
Educação (40%);
Promoção de oportunidades (38%).
Já os piores desempenhos aparecem em:
Combate à corrupção (55% de avaliação negativa);
Segurança pública (47%);
Gestão da economia (46%);
Saúde (40%).
A pesquisa mostra mudanças importantes em alguns grupos. Entre os católicos, a aprovação do governo passou a ser maior do que a desaprovação, revertendo o empate técnico observado até novembro. Já entre os evangélicos, a rejeição aumentou: 64% desaprovam o governo, enquanto 33% aprovam, ampliando a diferença entre os indicadores.
Na faixa etária de 35 a 59 anos, há empate técnico no limite da margem de erro, mas com inversão em relação à pesquisa anterior: agora, 52% aprovam e 46% desaprovam. A percepção sobre a economia também apresentou melhora. Caiu de 43% para 38% o percentual de entrevistados que acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses. Já os que consideram que a situação melhorou subiram de 24% para 28%.
Também houve avanço na percepção sobre o mercado de trabalho. Para 44% dos entrevistados, está mais fácil conseguir emprego hoje do que há um ano, ante 39% em novembro. Já 48% avaliam que está mais difícil, número menor que o registrado anteriormente.
O levantamento indica ainda crescimento da parcela de eleitores que defendem uma nova candidatura de Lula à Presidência em 2026. Esse grupo passou de 38% para 43%, enquanto os que avaliam que o presidente não deve disputar a reeleição oscilaram para baixo, dentro da margem de erro.
Os dados mostram um cenário de estabilidade na avaliação do governo, com sinais de recuperação gradual da aprovação após meses de desgaste, mas ainda marcado por forte divisão na opinião pública.
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